INFLUÊNCIAS CLIMÁTICAS NO PERFIL SANITÁRIO EM COLÔNIAS DE Apis mellifera AFRICANIZADAS
Resumo
As abelhas são insetos polinizadores que se destacam por sua importância em diferentes ecossistemas e em atividades antrópicas, como a agricultura. Nesse sentido, declínios populacionais deste grupo geram preocupações, pois ameaçam à preservação do meio ambiente e segurança alimentar. Mudanças climáticas, como o aquecimento global, podem influenciar diretamente no comportamento das abelhas e na disponibilidade de recursos florais, gerando impactos na população das colônias e efeitos negativos na resistência à parasitas e patógenos. Através de uma avaliação inicial no apiário do centro de estudos apícolas de Taubaté e uma revisão de escopo com base na literatura, apresentamos aqui um panorama geral do perfil sanitário em abelhas Apis mellifera L. africanizadas. Nas últimas décadas, ações de parasitas e patógenos são um dos principais fatores relacionados ao declínio populacional de abelhas melíferas. Parasitas como o ácaro Varroa destructor causam grandes prejuízos como redução de peso, longevidade e malformações. Por sua vez o besouro Aethina tumida, recentemente introduzido no país, desperta grande preocupação devido seu potencial destrutivo em colônias no exterior. As abelhas africanizadas, linhagem utilizada na apicultura brasileira, possuem maior tolerância a esses agentes devido a características como comportamento higiênico elevado e adaptação às condições climáticas locais. Contudo, alterações em fatores abióticos, como temperatura e umidade, podem causar mudanças negativas na fisiologia e comportamento da espécie. Com recentes registros de perdas de colônias em diversos estados, torna-se necessário um monitoramento para manejo sanitário adequado das colônias, bem como políticas voltadas à preservação do meio ambiente, em destaque ao cuidado dos polinizadores.
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